segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Viagem de descoberta

“A verdadeira viagem de descoberta não consiste em procurar novas paisagens, mas em ter novos olhos.”

(Marcel Proust)


O complexo processo de ensino-aprendizagem se tornou prazeroso nas aulas de Mídia e Poder. Vivenciamos um ambiente alegre, agradável, de relacionamentos saudáveis, sob a liderança de um professor que desempenha muito bem seu papel de mediador na construção do conhecimento. A teoria e a prática caminharam juntas, o que facilitou a aprendizagem. Os conceitos trabalhados foram contextualizados, possibilitando a reflexão sobre os temas estudados e sua interferência em nosso meio e nos oferecendo suporte para possíveis intervenções nossas nesse meio.

Aprendi muito com os colegas e suas considerações, com os relatos de suas experiências, com os seminários apresentados, todos muito criativos.


“Admirável Mundo Novo” me fez refletir sobre as relações entre aquele mundo, visualizado por Aldous Huxley e a sociedade atual. O que seria o “soma” em nossos dias? É necessário pensar sobre isso.


Com “1984” aprendi, entre outras coisas, a origem do termo “Big Brother” e pude verificar suas implicações ao fazer sua contextualização nos dias de hoje. Repito e endosso a frase que Winston escreve: “Abaixo o Big Brother!”


“Cidadão Kane” me ensinou muito. Fiquei impressionada ao constatar tamanha semelhança entre o protagonista do filme e aquele “magnata da mídia brasileira” que começou a construir seu império aos 21 anos. (uma colega jornalista me disse que não é recomendável citar nomes)


“A Montanha dos Sete Abutres”, produzido e dirigido por Billy Wilder, em 1951, foi o tema do seminário apresentado por meu grupo. O filme conta a história de um jornalista sem escrúpulos, desacreditado, que, objetivando retornar aos grandes centros, faz uso de seus conhecimentos de manipulação para transformar um fato particular (um homem preso num soterramento), um mini-drama humano, em uma comoção nacional, um verdadeiro espetáculo que atrai milhares de pessoas do país para o local. Seu plano falha quando a situação foge de seu controle e a vítima morre.
Conforme a abordagem que adotamos, a da espetacularização da notícia e da metáfora do Pão e Circo, constatamos que o filme permanece atualizadíssimo e que o poder que a mídia exerce é incontestável, representando realmente o “quarto poder”.

Como já mencionei, o papel do professor foi fundamental. Como mediador, organizou os saberes, viabilizou oportunidades de interação, forneceu fundamentos teóricos para discussão de fatos reais e concretos. De forma agradável, despertou em nós a vontade de conhecer, de aprender. Mais que tudo, trouxe-nos lições para a vida.

“A tarefa essencial do professor é despertar a alegria de trabalhar e de conhecer.”
(Albert Einstein)

OBRIGADA, PROFESSOR DIMAS!






Um comentário:

DIMAS A. KUNSCH disse...

Fátima, eu é que agradeço. Por sua participação no curso de Mídia e Poder, por suas contribuições, pelo blog... Desejo-lhe sucesso em sua missão de educadora, força na solução dos desafios e esperança. Sei que o olhar diferenciado com que você vê a educação é promessa de dias melhores para o Brasil e o mundo. Grande abraço! Prof. Dimas A. Kunsch